Há muito tempo
atrás, lá no céu, tudo era harmônico. Entre o Altíssimo, anjos e os outros
mundos. Quer dizer: quase tudo! Não fosse um anjo de nome Lúcifer, achar que
era o melhor e que o trono de Jesus a ele deveria pertencer. Não deu outra! Lúcifer começou sua campanha política entre os anjos e os outros mundos. Seu
slogan de campanha era de que; tudo era lindo, maravilhoso e eterno se não desobedecem ao Altíssimo, do contrário, Ele os mataria. Para o dissabor de
Lúcifer, os outros mundos não caíram no conto dele, mas, uma terça parte dos
anjos se deixou levar.
Obviamente que
o Altíssimo poderia ter acabado com aquela campanha sórdida e liquidado com
Lúcifer, porém, se assim o fizesse, é certo que o que ele pregava seria tido
como verdade, tanto para os anjos quanto para os outros mundos e Lúcifer, mesmo
liquidado, teria sido consagrado e não obstante, todos obedeceriam ao Altíssimo
por medo e não por amor e adoração. Penso que o restante da história a maioria
conhece.
Noutro
episódio, já aqui na terra, o povo de Israel era o queridinho do Todo Poderoso,
tanto que mandou a Moisés libertá-los do Egito, dentre outras tantas
providências em favor daquele povo. Mas, como povo é povo, não estavam
satisfeitos com tanta proteção, providências e benevolências. Eles queriam um
rei, um rei visível, tangível e não o Altíssimo. Assim, o Todo Poderoso disse
ao seu profeta que fosse feita a vontade do povo e que eles escolhessem o seu
rei. E assim se fez. Mas, para a decepção e martírio do povo de Israel, o rei
ao qual escolheu mais cruel não podia ser.
Foram humilhados e escravizados ao último, amargando e lamentando sua
escolha infeliz. Na eleição, venceu o voto da maioria e aqueles que não
concordaram, amargaram junto.
Em meio a esta
narrativa, vamos encontrar alguns tópicos utilizados ainda hoje, tais como: a
ganância, a saga pelo poder, a mentira, o engodo, os aproveitadores, os
correligionários e os ignorantes. Com Lúcifer, uma terça parte dos anjos se
aliou a ele, com o povo de Israel, a maioria optou por um rei e na trajetória
da história encontraremos outros tantos episódios semelhantes ou coincidentes a
estes.
Já em nossos
dias, encontramos políticos que prometem mundos e fundos, quando eleitos,
rasgam ou esquecem o discurso e partem para fazer aquilo que ficou oculto em
campanha e normalmente, governarão para atender aos seus interesses e os de uns poucos.
Isto, via de regra, se dá na elite dominante que quer tudo pra si e ter o povo
como seus eternos escravos.
Em campanha, eles fazem de tudo; até “crime
político” aparece. Acusam, denigrem a imagem de seus opositores, criam
materiais fraudulentos e assim por diante. Fazem tal qual fez Lúcifer em sua
campanha e depois dizimam todo o ser que não concordou com suas posições, como
que num ato de vingança. Coincidência? Talvez!
Mas, numa cidadezinha chamada E.V, o povo está em polvorosa, pior; até mesmo os correligionários estão
aturdidos. Os “eleitos” não falam com o povo, não dizem o que estão fazendo,
mentem, não honram a palavra e por aí vai.
Há uma nuvem de trevas pairando
sobre a cidadezinha e seu povo. A alegria deixou de existir, dando lugar à
letargia e contar dos dias e horas tão somente, além das conversas a boca miúda
e olhares desconfiados, temendo a represália.
Mesmo estando em pleno século
XXI, tendo uma constituição que assegura a liberdade de expressão em todas as
suas formas, este povo desprovido do conhecimento se rende ao coronelismo e
imperialismo já desgastado e, na maioria do globo; erradicado. Fazer o que?
Livre arbítrio, esta é a tônica e o pior está por vir, caso este povo não erga
sua voz e faça valer a constituição, exortando os Luciferes que aí estão.
Mais
uma vez, será uma questão de escolha a mudança de percurso e os fatos
históricos, apenas coincidência, do contrário; veemência.
Luigi Matté
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