domingo, 9 de dezembro de 2012

PURA COINCIDÊNCIA?!


Há muito tempo atrás, lá no céu, tudo era harmônico. Entre o Altíssimo, anjos e os outros mundos. Quer dizer: quase tudo! Não fosse um anjo de nome Lúcifer, achar que era o melhor e que o trono de Jesus a ele deveria pertencer. Não deu outra! Lúcifer começou sua campanha política entre os anjos e os outros mundos. Seu slogan de campanha era de que; tudo era lindo, maravilhoso e eterno se não desobedecem ao Altíssimo, do contrário, Ele os mataria. Para o dissabor de Lúcifer, os outros mundos não caíram no conto dele, mas, uma terça parte dos anjos se deixou levar.

Obviamente que o Altíssimo poderia ter acabado com aquela campanha sórdida e liquidado com Lúcifer, porém, se assim o fizesse, é certo que o que ele pregava seria tido como verdade, tanto para os anjos quanto para os outros mundos e Lúcifer, mesmo liquidado, teria sido consagrado e não obstante, todos obedeceriam ao Altíssimo por medo e não por amor e adoração. Penso que o restante da história a maioria conhece.

Noutro episódio, já aqui na terra, o povo de Israel era o queridinho do Todo Poderoso, tanto que mandou a Moisés libertá-los do Egito, dentre outras tantas providências em favor daquele povo. Mas, como povo é povo, não estavam satisfeitos com tanta proteção, providências e benevolências. Eles queriam um rei, um rei visível, tangível e não o Altíssimo. Assim, o Todo Poderoso disse ao seu profeta que fosse feita a vontade do povo e que eles escolhessem o seu rei. E assim se fez. Mas, para a decepção e martírio do povo de Israel, o rei ao qual escolheu mais cruel não podia ser.  Foram humilhados e escravizados ao último, amargando e lamentando sua escolha infeliz. Na eleição, venceu o voto da maioria e aqueles que não concordaram, amargaram junto.

Em meio a esta narrativa, vamos encontrar alguns tópicos utilizados ainda hoje, tais como: a ganância, a saga pelo poder, a mentira, o engodo, os aproveitadores, os correligionários e os ignorantes. Com Lúcifer, uma terça parte dos anjos se aliou a ele, com o povo de Israel, a maioria optou por um rei e na trajetória da história encontraremos outros tantos episódios semelhantes ou coincidentes a estes.

Já em nossos dias, encontramos políticos que prometem mundos e fundos, quando eleitos, rasgam ou esquecem o discurso e partem para fazer aquilo que ficou oculto em campanha e normalmente, governarão para atender aos seus interesses e os de uns poucos. Isto, via de regra, se dá na elite dominante que quer tudo pra si e ter o povo como seus eternos escravos. 

Em campanha, eles fazem de tudo; até “crime político” aparece. Acusam, denigrem a imagem de seus opositores, criam materiais fraudulentos e assim por diante. Fazem tal qual fez Lúcifer em sua campanha e depois dizimam todo o ser que não concordou com suas posições, como que num ato de vingança. Coincidência? Talvez! 

Mas, numa cidadezinha chamada E.V, o povo está em polvorosa, pior; até mesmo os correligionários estão aturdidos. Os “eleitos” não falam com o povo, não dizem o que estão fazendo, mentem, não honram a palavra e por aí vai. 

Há uma nuvem de trevas pairando sobre a cidadezinha e seu povo. A alegria deixou de existir, dando lugar à letargia e contar dos dias e horas tão somente, além das conversas a boca miúda e olhares desconfiados, temendo a represália. 

Mesmo estando em pleno século XXI, tendo uma constituição que assegura a liberdade de expressão em todas as suas formas, este povo desprovido do conhecimento se rende ao coronelismo e imperialismo já desgastado e, na maioria do globo; erradicado. Fazer o que? Livre arbítrio, esta é a tônica e o pior está por vir, caso este povo não erga sua voz e faça valer a constituição, exortando os Luciferes que aí estão. 

Mais uma vez, será uma questão de escolha a mudança de percurso e os fatos históricos, apenas coincidência, do contrário; veemência.  

Luigi Matté

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