segunda-feira, 9 de julho de 2018

EV/RS - MORTES NO HGV: EXUMAÇÃO PODERÁ REVELAR SURPRESAS


Na noite de domingo, 09/07, estive no HGV para fazer minha investigação pessoal. Conversei com uma profissional que estava fazendo a triagem de pacientes e ela me contou como as coisas em linhas gerais, aconteceram.

Sobre a paciente de 33 anos, ela disse que esta já chegou a óbito na unidade hospitalar. Com relação a Sara Amaral, disse que foi considerada com bandeira amarela, uma classificação do estado de saúde do paciente. Disse ainda, que ela mesma junto com outra colega começou os procedimentos e que em vendo o quadro, o médico foi imediatamente chamado e outro se juntou ao cenário da paciente.

Outro funcionário disse que ela estava numa cadeira de rodas e o estado não era compensador e confirmou que o atendimento além de ter sido imediato, contou com a atenção plena dos médicos no caso.

A questão, porém, é que Sara já chegou num quadro bastante complicado e que de repente, ela passou mal tendo princípio de um infarto e, por conseguinte; começou a expelir sangue pela boca e nariz.

Já os médicos, ficaram de mãos atadas, pois não havia o que fazer e a unidade não oferecia outros equipamentos para conter o quadro o que veio a culminar no óbito da paciente.

A POSSÍVEL CAUSA MORTIS (GRIFO MEU)

Diante destas revelações, com a exumação do corpo, surpresas poderão acontecer, afinal, a paciente pode ter tido um aneurisma num dos órgãos, (rompimento de vasos sanguíneos), em especial; coração e pulmões, o que se perfilaria ao sangramento descontrolado. Outra possibilidade que poderá vir à tona é o fato de que a paciente poderia estar usando algum medicamento para manter sua performance de modelo sem o conhecimento da família ou ainda, estar usando outra substância que tenha corroborado para o trágico desfecho.

A EXUMAÇÃO

Este procedimento será com certeza mais um cenário de dor para a família e muito mais se confirmado que Sara poderia estar se valendo de um medicamento ou substâncias que não eram do conhecimento. Em relação ao aneurisma, poderá suscitar a dúvida do porque não foi diagnosticado antes, ou ainda, que a paciente nunca apresentou sinais de insuficiência de algum órgão que inspirasse o devido cuidado e tratamento.

ERRO OU NEGLIGÊNCIA MÉDICA

Diante desta situação, pairou a culpa sobre a possibilidade de um erro médico. Esta alegação poderá ser descartada com a exumação do corpo. Com relação a uma negligência, esta poderá ser considera se a paciente, como já foi dito pela família tenha ido a unidade hospitalar e não ter recebido a devida atenção, o que ainda será palco de questionamento, uma vez que a unidade não está adequadamente equipada para procedimentos especiais.

O LAUDO ENCONTRADO NO PÁTIO

Houve também a denúncia de que o laudo expedido pela médica do posto de saúde, UBS, tenha sido encontrado no pátio. Esta prerrogativa não serve de base, uma vez que dentro da unidade hospitalar e de posse dos exames, esta indicação da médica não faz robustez de prova para incriminar o médico diretamente envolvido, uma vez que a paciente recebeu o atendimento, mas o corpo clínico foi surpreendido pelo desencadeamento do quadro hemorrágico que culminou no óbito.

PACIENTES NÃO CONFIAM NOS MÉDICOS DOS POSTOS

Esta foi outra revelação da profissional!
Ela disse que muitos procuram a unidade hospitalar mesmo tendo recebido o atendimento no posto de saúde.
Mesmo que o paciente tenha realizado exames o médico tenha dado o tratamento, ainda assim, a unidade é procurada, mormente a noite para garantir com o médico do hospital que os procedimentos clínicos foram assertivos.

QUINTA E DOMINGO, MAIOR PICO DE ATENDIMENTO

Um funcionário revelou que quinta-feira à noite e no domingo também no mesmo turno, o hospital recebe um número maior de atendimentos.
Infelizmente, trata de pessoas mal intencionadas que buscam a unidade para tentar obter um atestado médico para não trabalhar no dia seguinte e que esta prática é muito comum.

ATENDIMENTOS CURIOSOS NA UNIDADE HOSPITALAR

A profissional com quem conversei, disse também, que é muito comum, pessoas sem qualquer necessidade, se valem de atendimento na unidade; unha encravada, dor muscular e até a moça que o namorado brigou, vai chorando para a unidade pedir atendimento, dentre outras situações estapafúrdias, o que demonstra que parte da população está muito doente, mas, da psique.

CONCLUSÃO

Como já havia me pronunciado em vídeo, continuo com a mesma opinião: o problema em relação à saúde está diretamente ligado à gestão ou a falta dela.
Uma portaria do Ministério da Saúde determina que os municípios devam investir em atenção básica de saúde, ou seja: tratar as demandas nas UBSs afim de não deixar o quadro clínico evoluir ao ponto de uma internação.
Neste sentido, o (a) secretário de saúde, deve ter um olhar disciplinar para que o sucesso desta etapa sejam cumpridas a contento, o que significa dizer, que o acompanhamento deva ser continuado e isto quem faz, são as equipes de saúde da família.
Também se faz necessário, a disponibilização de maior quantidade e disponibilidade de exames laboratoriais a fim de dar suporte ao médico para poder sinalizar com o tratamento adequado.
Nesta normativa, quanto mais o município investir neste viés preventivo, mais recursos vêm para a saúde. Ao que parece, o município de Estância Velha, ainda não acordou para esta realidade que com certeza, evitaria muito menos desgastes e até mesmo mortes. Em sendo assim; A CULPA É DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Assista o vídeo:



Luigi Matté






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