O Psol no Acre emitiu uma nota nesta segunda-feira na qual pede à direção nacional a punição do senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) por pedir voto ao candidato do PT em Rio Branco, Marcus Alexandre. O senador, que atualmente é um dos principais nomes do partido, apareceu na propaganda eleitoral do PT na última sexta-feira enaltecendo o governo petista local e pedindo voto a Marcus Alexandre.
Neste segundo turno, o Psol declarou neutralidade em Rio Branco - mesmo depois que o candidato a vice-prefeito Adacildo de Almeida, derrotado no primeiro turno, declarou apoio a Tião Bocalom (PSDB). A atitude desagradou à direção regional, que proibiu a militância de expressar apoio em nome do partido.
Para o presidente do Psol, Antônio Rocha, a declaração do senador é uma afronta ao diretório estadual e foi tomada sem o conhecimento dos dirigentes locais. "O parlamentar afronta a decisão da Direção Regional do Psol-AC que não indicou voto em nenhum candidato neste segundo turno da capital acriana e proibiu qualquer militante de manifestar apoio em nome do partido, por entendermos que ambas as forças políticas que estão neste pleito não oferecem nenhuma novidade, não se diferenciam e não farão mudanças significativas para a sociedade", diz parte da nota.
Os socialistas acrianos consideram que Randolfe Rodrigues descumpre uma resolução nacional que impede o partido de "qualquer aliança formal ou informal" com o PSDB e o PT. "O senador, que desconhece a realidade local, não sabe que o Acre amarga entre os piores indicadores sociais e econômicos do Brasil e é vítima da corrupção e do mau uso da máquina pública, práticas que se alastram desde quando a velha oposição governava", critica o documento.
Os dirigentes do Psol no Acre ainda acusam o senador do Amapá de apoiar o candidato do governador Tião Viana - que, segundo a nota, quando era senador, ajudou a enfraquecer dentro do PT os fundadores do Psol, como a ex-senadora Heloisa Helena (AL), Luciana Genro (RS) e Babá (PA).
A Voz Comenta:
Quem é o PSOL, senão os dissidentes do PT que não gostaram quando o partido que pregava a ética, lisura e transparência, começou a abrir o leque para tudo e para todos.
Como o cenário dos partidos políticos são cíclicos, é bem possível que neste momento esteja chegando a vez do PSOL, uma vez que as muitas corrupções em praticamente todos os partidos são pauta dos meios de comunicação em todo o país.
A população, que outrora era vista como total ignorante em relação a política, muito embora ainda se tenha que fazer muito, já está mais disposta a conviver com tantas barbáries e quer ser respeitada.
Se o PSOL souber tirar proveito disto e também não abandonar seu discurso, é certo que logo, logo estará falando de igual para igual com os que se dizem grandes demais e incólumes. O julgamento do mensalão tem mostrado o contrário.
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