Faz algum tempo, escrevi um artigo sobre LEI SECA NAS RODOVIDAS, (óbvio que o acesso a leitura foi as alturas), quando da primeira edição desta lei. Na oportunidade, já me poscionava contra e agora com esta segunda reedição meu pensamento continua o mesmo.
No Brasil, como é de praxe, quando algo se torna repetitivo ou mesmo a mídia bate em cima de um determinado assunto, pronto, é o suficiente para o Congresso Nacional dos interesses paralelos criarem as chamadas leis estanques para dar uma satisfação a sociedade.
Por outro lado, criadas as leis, ainda leva tempo para aqueles que deverão aplicá-las se adequem não apenas a elas mas aos meandos contidos no incidos, parágrafos e alíneas.
A bebida alcoólica, é o centro das atenções e como tal, tem sido considerada o mau e vassalador índice das estatísticas dos acidentes e mortes por causa dela.
É verdade que isto acontece, mas é verdade também, que uma pesquisa já mostrou que; em primeiro lugar no rancking, está a velocidade, em segundo, a imprudência e em terceiro os acidentes e mortes por conta da bebida.
Mas, como o negócio é dar meia satisfação para a sociedade, então vamos dar mais 'rigor a lei', um rigo que mexe apenas no bolso e uma vez pagos, lá está o delituoso em liberdade e pronto para novas destradas aventuras.
Cerca de R$ 2 mil para quem ganha pouco, é muito dinheiro, mas, para quem tem dinheiro, é mais um trocado que será jogado fora e pronto.
A grande verdade nisto tudo, continua sendo a aplicabilidade das leis já existentes e, por outro lado, não atualização do código penal.
Se as leis existentes fossem aplicadas, não precisariámos de mais esta como estanque para dizer-se que estamos impondo respeito e porque não dizer medo não de ser preso, mas de ter de arcar com uma quantia em dinheiro e perder pontos na habitação e até mesmo esta dependo da gravidade do teor alcoólico do condutor exagerado.
Mas a pergunta que deve ser feita é: e as outras drogas? Maconha, cocaína, crack, êxtase e por aí vai... como identificar estas drogas no organismo?
Desta forma, a lei seca que foca tão somente o uso de álcool, passa a ser cruel e burra, uma vez que sabidamente o número de usuários destas outras drogas está cada vez mais crescente e por sua vez, cada vez mais perversas que o alcool e seu derivados.
Para que as coisas funcionassem como deveria, bastaria apenas baixar uma portaria por exemplo, aludindo as sanções aplicadas ao uso de qualquer tipo de droga ao volante e, por conta disto, deixar-se-ia no viés do livre arbítrio, contudo, todavia, uma vez que o infrator cometesse o delito e se grave fosse, não haveria o que discutir; seria preso (a) e as pessoas e familiares que sofressem as consequências inconsequentes destes pagariam ainda indenização em valores suntuosos. No caso de morte do infrator, a conta passaria para família e isto também, resolveria outro problema, os pais em especial, seriam mais rigorosos ao dar aos jovens filhinhos um carro que nas mãos deste pode ser uma arma mortal.
Como disse, como no Brasil as coisas são feitas de forma estanque, pode até haver uma diminuição nos casos de acidentes e mortes, mas não reolverá o problema, porque o álcool e outras drogas, apenas potencializam os ditos super poderes de quem pensa que sabe tudo e que tem o controle de tudo ao volante. Ledo engano, mas uma prática comum e constante.
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