Os noticiários das diversas linhas de comunicação tem se voltado a aprovação do governo uruguaio sobre a liberação da maconha, produção e comercialização da droga.
A espinha dorsal do projeto, ao que parece, não apenas está terminando com o corredor do tráfico, motivo de tantas mortes e disputas entre os patrões do narcotráfico, como também levando uma política pública de, quem sabe, com isto, minimizar os danos causados em longo prazo do uso da maconha.
Porém, na atual dita conjuntura social e como adolescentes e jovens estão se utilizando em quantidades alarmantes, as bebidas alcoólicas que como a maconha é a porta de entrada para as drogas chamadas pesadas, tais como: cocaína, êxtase, heroína e etc, o projeto contempla em bem verdade, aos iniciantes a droga e porque não dizer, a velha guarda, (A geração do paz e amor, onde muitos cinquentões ainda curtem a erva, com saudosismo e/ou num vício arraigado.
Seria ingênuo pensar que com a liberação da maconha, possa haver um recrudescimento do uso das chamadas drogas pesadas onde a que está dizimando em massa os usuários atualmente no Brasil; é o crack.
Em falando do Brasil, já há preocupações no sentido de que com a liberação da maconha no Uruguai, a mesma possa migrar para cá. Mas, é preciso destacar que o Brasil já é uma rota do tráfico e a cocaína chega ao país pelos mais diversos caminhos e inusitadas formas de transporte e, esta não deveria ser uma preocupação, mas sim quem sabe um alívio, afinal, a maconha têm seus benefícios medicinais e isto está comprovado.
Se é para nutrir uma preocupação, então que esta esteja focada nos maiores produtores de coca da América Latina: Colômbia - Peru e Bolívia.
Precisamos entender, que desde o princípio do mundo, os seres dito humanos, sempre acharam formas de se drogarem e pelos mais diversos motivos e, a pouco mais de 20 ou 30 anos, é que vem sendo feita uma repressão mais ostensiva ao crime organizado e por conseguinte, ao tráfico de drogas.( A negação e proibição do uso, sempre foi a palavra de ordem).
Há quem diga, e defendo esta tese, de que se há traficante é porque há consumidor, (usuário) e isto é inegável.
Seria ingênuo pensar que com a liberação da maconha, possa haver um recrudescimento do uso das chamadas drogas pesadas onde a que está dizimando em massa os usuários atualmente no Brasil; é o crack.
Em falando do Brasil, já há preocupações no sentido de que com a liberação da maconha no Uruguai, a mesma possa migrar para cá. Mas, é preciso destacar que o Brasil já é uma rota do tráfico e a cocaína chega ao país pelos mais diversos caminhos e inusitadas formas de transporte e, esta não deveria ser uma preocupação, mas sim quem sabe um alívio, afinal, a maconha têm seus benefícios medicinais e isto está comprovado.
Se é para nutrir uma preocupação, então que esta esteja focada nos maiores produtores de coca da América Latina: Colômbia - Peru e Bolívia.
Precisamos entender, que desde o princípio do mundo, os seres dito humanos, sempre acharam formas de se drogarem e pelos mais diversos motivos e, a pouco mais de 20 ou 30 anos, é que vem sendo feita uma repressão mais ostensiva ao crime organizado e por conseguinte, ao tráfico de drogas.( A negação e proibição do uso, sempre foi a palavra de ordem).
Há quem diga, e defendo esta tese, de que se há traficante é porque há consumidor, (usuário) e isto é inegável.
O filme Tropa de Elite 1 e 2, dão uma sinopse deste cenário e ainda assim, pode não ter contemplado no todo a realidade velada sobre este assunto.
Mas se o filme e outros documentários e depoimentos e noticiários sobre o crônico problema principalmente das mortes que acontecem no Brasil em detrimento das drogas, por que as autoridades ainda não tomaram nenhuma providência sobre o assunto, a não ser a ridícula prática de repressão? Não há interesse em resolver o problema de fato e você verá o porque mais adiante.
O gasto não apenas na tentativa de recuperar drogado como também no
tratamento das sequelas deixadas nos sobreviventes é algo impressionante em termos de valores e influencia o todo: a economia, o mercado de trabalho, o assistencialismo e etc.
Se o contexto deste texto é verídico, como então resolvermos este problema no Brasil, ainda que contrarie os ditos puritanos, sendo que também eles, de um jeito ou outro são afetados?
Em 2002, quando preparava meu livro, Entre o 'Céu' da Fantasia e o Inferno da Realidade, fiz o que chamamos de tempestade de ideias e escrevi sobre o tema.
Confesso que fiquei irritado ao ver o anúncio da decisão uruguaia, pois, passados 12 anos, enfim, alguém toma uma atitude em relação ao assunto e a isto chamamos de inconsciente coletivo.
Então vejamos o que eu propunha a época e isto não foi para o livro e não me pergunte o porquê.
Analisemos o princípio ativo da drogadicção como ela é definida pelos órgãos competentes: O problema é o traficante. Não! O problema é o usuário. Ok! Mas se não fosse o traficante na porta da escola, nas danceterias, as más companhias e etc, (dizem os contras), não haveria usuários. Será verdade? Também não! E também não se pode culpar aos pais de todo, pelo uso de drogas de seus filhos, afinal, tem-se famílias bem estruturadas e não me refiro ao padrão econômico que também sofrem as consequências das drogas e diga-se de passagem, a um custo mais do que elevado, sendo o principal deles; o de cunho emocional e psicológico.
Hoje chamamos o narcotráfico de crime organizado e e haveremos de concordar, que é muito organizado e para não deixar dúvidas, eles seguem a risca a cartilha da máfia italiana, a exemplo.
Desta forma, lutar contra o crime organizado ou o narcotráfico, é uma guerra desigual, pelo fato também, de que muitos policiais, políticos, e até juízes estão na folha de pagamento deles.
De igual forma, empresários e famosos de todos os seguimentos também são usuários e muitas notoriedades televisivas ainda fazem propaganda contra as drogas.
O slogan mais usado ultimamente é: Diga não as drogas! Como assim?
Não é esta a questão que envolve ou resolve o problema.
A lei seca imposta nos Estados Unidos de 1920 a 1933 provou que o caminho da proibição é o maior caminho para a contravenção, tráfico, consumo e mortes, sendo que naquele período, Al Capone, fez sua fama e fortuna e é de pasmar que o mafioso foi preso pelo fato de não ter declaro seu imposto de renda.
Da questão de comprar produtos piratas a exemplo, dizem que é o mesmo que financiar o esquema e se continuarmos olhando o narcotráfico como empresa, é praticamente como fazem os empresários ditos legalizados que sonegam impostos. Neste caso, o investimento em outras atividades é chamado de lavagem de dinheiro.
Quanto ao armamento, também devemos olhar na direção de proteção, como tem feito os ditos cidadãos de bem, que colocam câmeras, grades altas, seguranças e etc, para não serem tomados de assalto. No narcotráfico, acontece o mesmo, a diferença está no fato de que se forem tomados de assalto pela dita e ilibada polícia não terão outra alternativa senão enfrentar com armas e até mesmo aqueles que fazem parte do negócio e querem tomar o ponto de vendas para aumentar seus lucros.
É preciso destacar também, que muitos se inserem no tráfico, por dívidas, por aliciamento e isto tem acontecido muito devido ao ECA - Estatuo da Criança e do Adolescente, por conta da mídia que diz que você pode ter e não é bem assim...
(Enfim, se eu continuar a narrativa, será quase o mesmo que escrever na totalidade o que escrevi em 2002 naquele momento de brainstorming e que como disse, o conteúdo na íntegra acabou não entrando no livro editado e impresso, apenas uma pequena sinopse do assunto).
A pergunta é: Será que até hoje ninguém conseguiu perceber as semelhanças no trato destas vias de comportamento, ou seja: o errado copia o certo que também é errado mas está inserido no contexto dito social?
Vamos a minha proposta:
1º - Se temos os países da America Latina produtores de coca, por que não negociar com estes?
2º - Temos também os produtores de maconha e com estes também devemos negociar.
3º - Já as drogas sintéticas, devemos desenvolvê-las em laboratórios devidamente legalizados e assim, com toda a espécie de droga existente.
Nunca esquecendo que se o narcotráfico, é o crime organizado, então passemos a chamá-los organizações produtoras de produtos psicoativos.
4º - A identificação dos usuários para nortear o número mais real de quem faz uso de entorpecentes.
5º - Uma vez identificados os usuários, estes devem passar por avaliação médica, afim de determinar a quantidade de consumo e assim, corroborar para a redução do dano.
6º - Tal qual os remédios controlados, assim também deve ser o procedimento com a liberação para o uso de drogas.
7º - A figara de Assistente Social também é importante no processo para verificar as condições de vida deste e se constado que o usuário não tem atividade laboral, caberá a esta informar e o estado tratar de reinseri-lo no convívio social e laboral.
8º - A figura da psicologia também deve se fazer presente para com isto ir ao âmago dos motivos que influenciaram o usuário ao consumo.
9º - As farmácias e drogarias passam a fornecer a droga mediante receituário e, as farmácias básicas de saúde, poderão liberar alguma quantia mínima para evitar a síndrome de abstinência.
10º - Deve ficar claro para o usuário, que acidentes ou mortes causados por ele são passivos de imediata reclusão e aí é preciso montar um sistema carcerário diferenciado e, por conseguinte, o cerceamento ao uso de entorpecentes.
(Mas é preciso que todo este processo seja integrado e com isto se tenha um detalhamento preciso de como está se comportando este usuário e se o sistema está funcionando adequadamente).
1!º - A liberação do uso não pode ser estabelecida sem o cumprimento de algumas regras por parte do usuário. Ele deve cumprir com cada etapa para poder usufruir de novos receituários e as principais etapas são a da atividade laboral e a frequência nas seções psicoterápicas. De igual forma, periodicamente o retorno ao médico para avaliações do organismo como um todo.
12º - Nos casos mais graves ou em que o usuário não consiga se inserir no programa, então entra o apoio das fazendas ou clínicas especializadas no assunto. Porém, tais fazendas deverão receber recursos do estado para que o tratamento possa alcançar seu objetivo, afinal, hoje, cerca de 80% dos drogados que vão para estes espaços, tem recaída e o motivo principal, é o de não ter alternativa para inserção social e muito menos o preparo da família para lidar com o assunto.
13º - A família também deve ser treinada para lidar com o usuário e esta também, deve passar por seções psicoterápicas, afinal, é na família deve encontrar o maior apoio e também, a pratica do amor exigente.
Bem, estes treze passos, são a espinha dorsal do sistema, podendo acrescer outros em razão da necessidade ou mesmo complexidade, mas, em meu entendimento, o principal objetivo deste programa, é acabar com o corredor do tráfico e isto inclui: os aliciamentos, forçar o usuário a vender drogas para pagar sua dívida, a intimidação no sistema carcerário por parte dos patrões presos que dão proteção a um detento que não tem esta vocação, mas, quando sai, tem de fazer um favor para este patrão, caso não faça, poderá morrer, se fizer e for pego, volta ao cárcere e este é o vai e vem da criminalidade que em minha opinião também, começa com a ausência do estado neste processo.
Escrever um artigo desta envergadura, é certo que encontrará resistência por parte de alguns ou muitos, porém, sou a favor da implantação deste sistema e não liberar a droga somente por liberar e, se o usuário gasta ou gasto para se drogar, o dinheiro dele mesmo será investido em sua recuperação, que evidentemente, ainda que com todo um aparato do estado, dependerá somente dele ou, sofrer as consequências e até mesmo morrer.
A questão que deve ser levada mais do que em conta, é que a repressão até os dias de hoje não tem logrado êxito e cada vez mais temos usuários e cada vez mais aumenta o número de mortes relacionados a droga e o mais aterrorizante destes; é o acerto de contas.
Pra terminar, peço aos leitores que se possível deixem seus comentários e vou ainda colocar uma enquete sobre o assunto. Está na hora de resolvermos este problema social e dito marginal, que diga-se de pasagem, causado pela própria sociedade.
Por: Luigi Matté
Eu concordo com vc! Não adianta fazer campanhas contra as drogas, médicos falarem sobre efeitos e legalização pq são coisas bem diferentes (eu vi no Face os médicos contra)! A drogadição está aí, na nossa cara. As pessoas usam maconha livremente, queira a sociedade ou não! É a mesma história sobre legalização do aborto. Eu sou contra, mas quantas mulheres morrem em virtude de um aborto mal feito! Ele existe e ainda mata e ninguém faz nada para mudar. "Vamos fechar os olhos e fazer de conta que não existe! Que é só o submundo quem usa drogas !" A droga tá aí e precisamos fazer o mesmo que o Uruguai fez! Existem mais tipos de drogas, existem, mas agora é apenas uma ponta a ser cuidada e mais tarde, vamos saber se deu certo ou não!
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