Quando se escreve, de alguma forma denunciando o que de fato acontece nos bastidores sórdidos da política brasileira, além de ter quem não entende, tem quem entende e se faz de desentendido.
O PMDB, o antigo MDB, partido da burguesia, que se dizia opositor do regime militar, em bem verdade, também usufruiu das benesses do sistema da época.
Teve seu período de glória mas ainda é o maior partido no cenário político brasileiro, provando assim, que os interesses da burguesia ainda estão a pleno vapor, ainda que se disfarcem como muitos o fazem, de defensores das causas sociais e dos menos favorecidos.
Tal qual o PFL, hoje DEM, o PMDB, entendeu que é menos desgastante se aliar a quem está em alta do que ariscar concorrer a um pleito como é o caso de presidência da república, porém, para dar seu estimado apoio, o preço a ser pago para tanto não é nada barato.
Negociam suas secretarias, ministérios e etc e se acomodam no governo que está no comando, sem assim, deixarem de, nos bastidores, orquestrarem um governo paralelo que atenda aos interesses do partido e sua casta social.
Este ato rebelde do PMDB, vai ao encontro dos interesses do PSDB - PP e DEM, mais especificamente e, em bem verdade, a declaração da presidenta reeleita, não agradou ao aliado, posto que, quem ganhou a eleição, não foi o PT e sim Dilma e com isto, se ela assim desejar e seria o mais saudável para seu segundo mandato, romper com estas alas rebeladoras do PMDB e outros que decidirem fazer jogo furo para conseguir seus quereres nada democráticos.
Dilma, como diz o ditado popular, está com a faca e o queijo não mão, uma vez que ficou claro, que mesmo com o terrorismo anti petista orquestrado pelo PSDB, ela se reelegeu, provando assim que ainda que as denúncias sobre corrupção de seu partido, o que também em muitos dos casos ainda não tenha transitado em julgado, as urnas disseram que prefeririam apostar na que está fazendo do que naquele que dizia que iria fazer.
Ela continuará no PT? Sim! Mas não será o PT que dirá a Dilma o que deve fazer e sim ela o que o PT deve e não deve fazer para não manchar sua caminhada deste seu segundo mandato e é certo que para se fortalecer perante a opinião pública, não medirá esforços ou mesmo não se esforçará para ver os corruptos de seu partido punidos, uma vez que a oposição elitista tentou de todas as formas associar a sua imagem a do partido.
Voltando ao PMDB, que ainda que sendo um partido forte, não tem forças suficientes para sustentar uma candidatura presidencial e, os mais ávidos, com certeza tratarão de colocar panos quentes e abafar aos rebeldes ou, começar a cochichar com um outro partido em ascensão e dependerão ainda, do desempenho de seus governadores que também haverá um link no resultado do próximo pleito, que são as eleições municipais.
Na Babilônia, Babel e Sodoma e Gomorra das alianças partidárias, o PMDB, tem se mostrado como uma grande prostituta e o PT de Dilma, é o responsável por este desarranjo político/partidário.
Se Dilma quiser sair de seu segundo mandato glorificada pela população, terá sim, de romper com as alianças que o PT fez e, para não governar sozinha, trazer para si o resultado das urnas aliando-se quem sabe, aos pequenos de esquerda de fato ou mesmo com quem convirja com seus pensamentos e ideais.
A reforma política que a presidenta se comprometeu em fazer, poderá começar dentro de seu próprio governo, doa a quem doer, porque é certo que estará respaldada pela população que quer de fato mudanças e não da que se contamina com informações insólitas se posicionando sem saber para que lado está indo. São ignorantes, travestidos de conhecedores da política.
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