quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

BRASIL: O PAÍS DO VALE TUDO QUE NÃO VALE NADA!


O Brasil está se encaminhando para um caos onde com certeza o arrependimento poderá ser paticamente inconsolável.

Não é o caos da política econômica adotada por Dilma neste momento, nem mesmo da corrupção repetidas vezes anunciada e outros tantos fatos que é certo que em outros países a população já teria tomado uma atitude.

Nosso caos é pior: é o da alienação, combinada com desilusão, desolação e incredulidade.

Todos os políticos são corruptos; diz o povo. Mas, é este mesmo povo que elege os de sempre e que por sua vez, se perpetuam no poder.

Ora é prefeito, vereador, deputado, governador, senador e até presidente e caso não sendo eleitos por um motivo ou outro, encontraram guarida em uma secretaria, ministério e assim por diante. Ou seja: além de estar sempre mamando na teta do povo, estão sempre visíveis para serem notados e voltarem aos cargos eletivos, onde estes eleitos vão ocupar lugar com sua turma.

Temos cerca de 200 mil leis, quando em bem verdade, apenas a Constituição Federal já seria suficiente para nortear as ação políticas e sociais do país, mas, esta mesma Constituição, parece não ter valor algum.

Temos 513 deputados federais, 81 senadores, milhares de deputados estaduais, outros milhares de vereadores e não sabemos para que servem, e se sabemos, não sabemos como tirá-los do poder, a não ser, quando muito, numa próxima eleição.

No entanto, como o pensamento do brasileiro é: ele foi ou não foi bom pra mim, (no singular), está começado o caos, quando em verdade, o pensamento deveria ser analisado no coletivo.

Se os partidos têm seus interesses, ainda que escusos, o povo também tem os seus e passa sempre pela singularidade.

Num canto, uns gritam pelo aumento da tarifa do ônibus, noutro, pelo aumento do combustível e nas vias periféricas, sobre o aumento de tudo ou, a retirada de benefícios assistencialistas que promovem a acomodação.

Este é o caos que estamos vivendo; cada um por si, e como diz a música: e Deus contra todos.

A elite não abre mão de jeito nenhum de ser dominante e a dita pobreza não consegue se insurgir para propor  o equilíbrio nas relações econômicas e sociais.

Com isto, nos resta: o aumento da criminalidade, da prostituição e corrupção, assunto tão em voga e que começa em pequenos atos, na própria dita pobreza.

Grita-se muito, fala-se muito, dá-se ouvidos a quem não tem nenhum interesse em nada a não ser defender seu próprio território e assim, vamos vivendo, nos chamando de sociedade, quando em verdade, somos um aglomerado de pessoas sem rumo ou, com rumo incerto, sempre a mercê dos ditames de uma política falida e sem qualquer credibilidade.

No país do vale tudo, temos tudo no papel, mas, vivemos do não vale nada: nem leis, nem programas sociais, nem nada.

O grande problema no entanto, é que estamos na beira do abismo social e com certeza ninguém quer cair, seja rico ou pobre, e nesta disputa desigual é que poderemos encontrar o caos de até mesmo uma guerra civil.

Felizmente, isto ainda poderá demorar um pouco, afinal, os campeonatos estaduais começaram, vem aí o carnaval, depois a libertadores, o campeonato brasileiro, e para encher os olhos e continuar sonhando, temos as novelas e os besteirol televisivos, alavancados por músicas frenéticas e de apelo ao sexo livre.

Então, o vale tudo que não vale nada, continuará sendo o país do futuro, que futuro é este, ninguém sabe, até porque, a educação está cada vez pior, os pais estão cada vez mais reféns dos próprios filhos e por aí vai.

No entanto, não podemos piscar os olhos, porque, o famoso junho, onde R$ 0,20 centavos foi a desculpa para ocupar as ruas, ronda novamente e agora, não é mais R$ 0,20 centavos e sim uma quantidade de queixas onde umas são relevantes no contexto social e outras de interesses particulares.

Enquanto a sociedade não se comportar como tal, continuaremos tendo políticas estanques para acalmar os ânimos e não políticas de estado que contemplem a maioria e os interesses da coletividade e não da individualidade. 

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