Muito, como eu, acreditava que Dilma poderia, se quisesse, fazer deste seu segundo mandato, um governo onde ela daria as cartas do jogo, afinal, até antes das eleições, a presidenta estava em lua de mel com o povo, a classe empresarial e o mundo.
Como ela carregou nas costas as contas que Lula deixou para ela pagar e o fez, tanto que de fato, ao fechar as contas de seu governo, estas não estavam em conformidade com o TCU e agora os problemas para ela começam surgir.
O primeiro erro da presidenta, foi aceitar a continuidade de seu vice e todo o PMDB, que até então, era o papagaio de pirata e agora, na fragilidade da presidenta e da inércia de seu partido, ou ainda, nos interesses das correntes do PT que não a querem, o PMDB, quer agora, ser o pirata e fazer dele e seu partido; os papagaios, sendo que os três, são ações de seu maior aliado; o PMDB, que quer enfraquecer a ainda mais a presidenta, com olhos em 2016 e em 2018.
As demonstrações claras deste intento foram: a demissão de Cid Gomes, o aumento exorbitante do fundo partidário e a poupada verba para emendas parlamentares.
Nos dois últimos, se Dilma sancionar estes texto no orçamento, ela deixará claro que perdeu o rumo, seu amor próprio e a capacidade de governar o país.
Noutro cenário, caso ela não tome medidas substanciais em relação a economia do país, a imagem da presidenta ficará ainda mais desgastada, uma vez que as medidas já anunciadas até o momento arroxam trabalhadores, micro-empresário e aposentados em especial.
Na verdade, neste momento, se Dilma tiver um pouco de decência, abandona o próprio PT no sentido figurado e recomeça a andar para concluir seu segundo mandato.
Também, na mira do povo e seus opositores, estão os muitos ministérios e o loteamento de cargos para satisfazer não apenas seu partido, como também os de sua dita base aliada.
Enfim, o caos está instaurado, e cabe a presidenta tomar a decisão do que ela realmente quer fazer, porque até o momento, ao que parece, em suas aparições, os discursos que ela profere, tem um tom de uma orquestração que está por trás dela, fazendo-a ser, uma marionetes dos partidos que dizem apoiá-la, mas, se fosse, possível, a enterrariam viva.
Sem contar com o fato de que a oposição não suportou mais uma derrota nas urnas.
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