A corrida presidencial deste ano deverá custar quase R$ 1 bilhão. A campanha
mais cara será a de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que estabeleceu
como limite de gasto em R$ 298 milhões. Por sua vez, a candidatura do senador
Aécio Neves (PSDB) deve custar R$ 290 milhões.
Advogados que representam as campanhas do PT, do PSDB e do PCO apresentaram
neste sábado no Tribunal Superior Eleitores (TSE) o registro dos candidatos e as
estimativas de gastos. O prazo para a entrega da documentação se encerra hoje às
19h. A tendência, no entanto, é a disputa ser realizada pelos 10 candidatos que
já apresentaram os nomes ao tribunal.
Nas últimas eleições de 2010, o PT
estabeleceu inicialmente o gasto de R$ 157 milhões no primeiro turno, valor que foi alterado para R$ 191 milhões com o ingresso de Dilma no
segundo turno da disputa. A campanha do então candidato José Serra (PSDB), na
eleição passada, fixou o valor em R$ 180 milhões. O limite de gasto não
necessariamente é atingido em todas as campanhas. Da mesma forma, esses valores
podem ser alterados como ocorreu em 2010, no caso da presidente Dilma. Somados
os gastos das campanhas do PT e do PSDB aos dos outros nove candidatos
presidenciais, o custo chega a R$ 916,7 milhões.
Coligações
Também foram apresentados neste sábado os
nomes das coligações do PT e do PSDB. O do PT adotará "Com a Força do Povo" e o
PSDB, "Muda Brasil". Em 2010, o PT adotou o lema "Para o Brasil seguir mudando"
e o PSDB "O Brasil pode mais".
Em relação às propostas de governo, o PSDB
até o momento ainda não disponibilizou o material à imprensa. Por sua vez, o PT
deixou de fora temas polêmicos como a regulamentação da mídia, tema defendido
nos últimos congressos do PT, além da revisão da anistia.>>O coordenador
da elaboração do programa, Alessandro Teixeira, informou que foram incluídos
temas como desenvolvimento regional, direito das mulheres, da juventude e
política industrial. Presente na entrega dos documentos, o secretário-geral do
PT, Geraldo Magela, justificou a ausência de temas polêmicos no programa. "O que
trouxemos é o resultado do que foi dialogado com a coligação, com os partidos e
com a presidenta", afirmou. As diretrizes propõem ainda que o Sistema Nacional
de Participação Popular seja uma "das medidas que serão tomadas de
aprofundamento da democracia".
Confiram os limites de gastos
estabelecidos pelos candidatos à presidência da República:
Dilma Rousseff
(PT): R$ 298 milhões
Aécio Neves (PSDB): R$ 290 milhões
Eduardo Campos
(PSB): R$ 150 milhões
Eduardo Jorge (PV): R$ 90 milhões
Pastor Everaldo
(PSC): R$ 50 milhões
Eymael (PSDC): R$ 25 milhões
Levy Fidélix (PRTB): R$
12 milhões
Luciana Genro (PSOL): R$ 900 mil
Zé Maria (PSTU): R$ 400
mil
Rui Costa Pimenta (PCO): R$ 300 mil
Mauro Iasi (PCB): R$ 100
mil
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