A BABEL DAS RELIGIÕES

Para quem crê na bíblia, encontra-se a narrativa da Torre de Babel e, Babel, estava relacionada à Babilônia.

A narrativa bíblica disserta sobre o povo da época, que após o Dilúvio, também narrativa bíblica, o povo temia que o mundo fosse novamente destruído pela água.

Deus, ao ver tal movimentação e intento humano descrendo assim da promessa feita a Noé, (também em conformidade com a bíblia, por fim a intenção do homem, confundindo assim as línguas, que, por conseguinte, formaram-se povos e se espalharam pela terra, dando início a divisão de mundo que temos hoje.

Ainda no contexto bíblico e histórico, narra-se sobre o surgimento do cristianismo e da igreja primitiva, ainda que à época, já houvesse credos de cunho místicos de adoração aos deuses. Mas, a predominância do cristianismo e da igreja primitiva vinha num crescendo desta forma, as variações de credos e cultos não se subdividiam ficando assim, os fiéis doutrinados e/ou obrigados a se curvar aos dogmas, em especial, com o surgimento da Igreja Católica Apostólica Romana.

No entanto, tal aprisionamento, foi dissolvido na queda da bastilha, com Napoleão Bonaparte e a partir daí, a proliferação de credos e denominações religiosas foi se disseminando mundo a fora.

Este passeio pela história da bíblia, conjugada com a história do mundo, é uma ilustração para dar o devido entendimento e chegar aos nossos dias.

Falando especificamente do Brasil e calcados em nossa Constituição, além é claro, dos entendimentos e desentendimentos sobre o que move a fé, as ramificações do mesmo cristianismo, que é o caso em questão, vem a passos galopantes de disseminando e desta forma, corroborando para a construção de uma verdadeira Torre de Babel. E mesmo que aja um entrelaçamento e semelhança entre denominações religiosas, cada um ao seu entendimento, faz da bíblia, um arsenal de guerra onde buscam suas armas para defender suas convicções.

As chamadas igrejas progressistas tem sido o palco destas discussões que, por conseguinte, além de arregimentar, milhares de fiéis a cada dia pregando o ‘evangelho’ através do raciocínio de que quem dá o que tem a Jesus, terá progresso em sua vida em todas as esferas.

Paralelamente, o catolicismo se coloca em campo, para tentar reconquistar os milhares de fiéis perdidos pelas muitas confusões e situações de constrangimento que a Santa Igreja veio passando nas duas últimas décadas por conta dos escândalos de pedofilia e outros.

Na marginal do processo de crenças e dogmas o espiritismo surge como alternativa para acalentar o sofrimento humano no plano terrestre, segundo eles creem.

E, do oriente, vem, o budismo, (o mais difundido), e o islamismo, onde o radicalismo impera.

Com tudo isto acontecendo e resumindo o texto e contexto ao exposto, estamos revivendo os tempos de Babel e nesta confusão de credos, cada um, puxa brasa para seu assado tentando convencer aos desprovidos do conhecimento ou, aturdidos e desiludidos com suas formas de viver, adentram a várias correntes e vertentes extraídas da mesma fonte, a bíblia, para sublimar suas deficiências como um todo.

Desta feita, a humanidade caminha ao encontro do tudo ou do nada, pois, se a confusão de credos se alastra, fica cada vez mais difícil saber e entender quem de fato tem a dita verdade sobre os mistérios a cima, em baixo e na própria terra e cada um defende e defende-se com as armas que tem, sendo estas tiradas da bíblia e guerras religiosas, seja apenas no campo da discussão ou da guerra declarada como são as islâmicas a exemplo, para tentar convencer e até mesmo impor, que a sua crença é a certa.

Assim, em pleno século XXI volta-se ao passado da Torre de Babel, que não deu certo, e remontamos a Babel das Religiões, resta saber, se o Criador de todas as coisas, vai intervir nesta outra confusão de entendimento, criada e disseminada pelo homem.