Cairo, 17 nov (EFE).- Os ministros árabes de Relações Exteriores
concordaram neste sábado em revisar suas posturas sobre o "paralisado processo
de paz" entre israelenses e palestinos, por conta da ofensiva militar de Israel
contra a Faixa de Gaza.
Em reunião extraordinária, os chefes das diplomacias árabes pediram ao
chamado comitê de iniciativa de paz árabe que reavalie todas as propostas que
surgiram, até o momento, para solucionar o conflito com Israel.
Além disso, os ministros se comprometeram em revisar o trabalho do Quarteto
de mediadores internacionais (integrado pelos Estados Unidos, Rússia, a União
Europeia e a ONU), que foi criticado pela "incapacidade de conseguir qualquer
avanço rumo à paz global".
Os ministros árabes aprovaram um projeto de resolução no qual apostam na
criação de novos mecanismos legais para "pôr fim à ocupação israelense da
Palestina e o resto de territórios árabes".
Além disso, expressaram "indignação total pelo fracasso do Conselho de
Segurança da ONU" na hora de tomar medidas que fizessem cessar os ataques
israelenses e proteger à população palestina, e exigiram que os responsáveis
israelenses dessa ofensiva "sejam castigados por terem cometido crimes de guerra
e contra a humanidade".
Sobre estas questões, o comitê de iniciativa de paz árabe deverá apresentar
um relatório aos titulares das Relações Exteriores, que analisarão o documento
antes de convocar uma cúpula árabe para tratar do assunto.
Os países árabes também concordaram com o envio de ajuda urgente à Gaza e a
formação de um comitê ministerial para visitar a Faixa e manifestar sua
solidariedade com os palestinos.
O projeto de resolução pede também que todos os países árabes cessem qualquer
forma de normalização com Israel, que é responsabilizado por eles pelos danos
humanos e materiais aos palestinos.
Além disso, os ministros solicitaram a reconciliação das distintas facções
palestinas e respaldaram a Autoridade Nacional Palestina em sua decisão de
recorrer à Assembleia Geral das Nações Unidas para obter o reconhecimento como
Estado observador enquanto não haja um reconhecimento pleno do Estado palestino.
EFE
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