terça-feira, 14 de maio de 2013

ESTÂNCIA VELHA/RS ESTÁ VIRANDO CIDADE DORMITÓRIO NO VALE DO SINOS


Emancipada em 08 de setembro de 1959, a cidade viveu seu momento áureo no setor de curtumes e também era caracterizada por uma agricultura forte.

A colonização predominantemente alemã se deu em razão de um erro nos intentos da coroa real portuguesa e, com isto, já no Brasil Imperial, as terras foram distribuídas e por isto a vinda de imigrantes desta etnia.

Com cerca de 50 Km4, Estância Velha foi se expandindo justamente por este boom do setor e muitas outras famílias oriundas das mais diversas localidades do RS e de fora, ajudaram a formar a sociedade estanciense, como de igual forma em seu desenvolvimento econômico.

Próxima da capital Porto Alegre/RS e ao lado da maior cidade do vale, Novo Hamburgo/RS, Estância Velha parece não ter se alinhado aos novos tempos e seus muitos avanços em todos os setores.

A economia hoje, ainda respira, mas, a falta de políticas públicas em parceria com a privada para a diversificação da matriz industrial e a insistência em promover um setor em situação falimentar para muitos, emperra a cidade.

Estância Velha não tem rodoviária, hotel, nem motel e por uma lei de há muito, é proibido ter na cidade, os corriqueiramente chamados; bordeis.

Restrita a poucas indústrias, com um comércio e setor de serviços fraco, a população busca na cidade vizinha Novo Hamburgo o que lhes falta na cidade ou, cujos os preços não lhes são agradáveis ao bolso. Com isto, a cidade perde também, em arrecadação.

Estância Velha no entanto, é plural e vocacionada em vários seguimentos, o que falta porém, são iniciativas práticas e eficazes para tirar a cidade do ostracismo.

O turismo rural, de esportes radicais, é uma delas e mesmo fazendo parte da rota romântica e mesmo o atual prefeito com seu então secretário de turismos da época, Serjão, que foram a Alemanha para buscar este know-how para adequar a cidade, (segundo dizem), até o momento nada foi feito.

Enquanto várias cidades no RS e no Brasil estão trabalhando principalmente no setor de turismo, de olho na copa do mundo e nas olimpíadas, Estância Velha/RS, por falta de gestão pública e pela apatia de um legislativo concordino com os atos do executivo, parece não se interessar em abocanhar uma fatia deste evento milionário, ainda que seja pequena.

O que se vê, no entanto, é a desenfreada abertura de loteamentos com o viés residencial, a toque de caixa e, segundo uma entrevista autorizada A Voz, o prefeito José Waldir Dilkin, estaria se beneficiando com tais liberações e neste sentido também, o legislativo não se pronuncia em nada.

Com esta postura reacionária ou mesmo pela falta de visão de mercado associada a arrecadação que é o que impulsiona a economia e esta por sua vez, proporciona a realização e melhorias na políticas públicas, Estância Velha se continuar neste caminho de loteamentos residenciais, logo, logo, será apenas uma cidade dormitório e mesmo assim sofrerá o ônus; com mais escolas, creches, postos de saúde e assim por diante.

Se não houver uma interrupção imediata frente ao mercado imobiliário e redirecionamento de reserva de domínio de terras para atrair empresas diversificadas, mesmo porque, a área que era para ser o polo industrial, não acontecerá e os motivos a população já bem o sabe, Estância Velha/RS estará condenada ao ostracismo e será somente e tão somente, um dormitório da região metropolitana.

É lamentável, mas é verdade! A menos que a população acorde e perceba que a cidade está empobrecendo economicamente e se posicione contra este interesse tão singular de somente fazer crescer a cidade demograficamente com loteamentos com viés residencial, esquecendo-se do comercial, industrial e de serviços.




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