Diz-se do Rio Grande do Sul, ser o estado mais politizado do Brasil, é bem possível, que tal nomenclatura se arremeta ao passado, porque no presente, a história tem se mostrado muito diferente e, a cada quatro anos, não importando se o governo anterior foi bom ou ótimo, os gaúchos vãos as urnas para eleger um novo governador e já conquistou a fama de não reeleger governadores.
É um estado reacionário, com raízes fortes no conservadorismo e engessado politicamente a tal ponto, que vem perdendo pontuação no ranking nacional para estados com menor poder de investimento e crescimento.
Um estado, que valoriza mais o hino riograndense do que o hino nacional, só pode ter a síndrome, de grandeza associado a arrogância, atrelada a uma guerra perdida, chamada: Revolução Farroupilha.
Mas, a gauchada bate no peito e diz: ah, eu sou gaúcho!
O orgulho é tanto, que é incapaz de ver a economia num âmbito mais globalizado. A prova disto, está no setor coureiro-calçadista que sobrevive aos trancos e barrancos, a agricultura e pecuária, (fonte maior de renda), perde espaço para o Mato Grosso, a exemplo, até porquê, os gaúchos mais ávidos, praticamente tomaram conta do estado.
Desta forma, fazendo este preambulo, como é possível fazer uma análise mais profunda sobre o estado, se seu povo, prima pela rebeldia reacionária que, ainda que velado, impera um coronelismo disfarçado.
Sartori veio para a eleição de mãos vazias, e única coisa que dizia como jargão eleitoral era: Eu sou pelo Rio Grande, mais ou menos isto.
Em nenhum momento, em entrevista e até nos programas eleitorais, o candidato fez menção a qualquer proposta de governo e mesmo assim, cerca de 65% dos gaúchos o elegeram e agora, junto com os que não votaram, amargam as medidas macabras do governador e seu stafe.
Sartori, tem da onde tirar dinheiro mas não quer, o que ele quer mesmo, é aplicar um super tarifaço em impostos e, em seguida, começar a fatiar e privatizar o que ainda sobra da coisa pública e a água, é uma delas.
Sartori está apresentando a população um estado mais do que falido para logo ali adiante, começar a aparecer a fonte jorrante dos milagres e com isto ir para a reeleição como o governador que pegou um estado falido e o recuperou.
Porém, o preço que o contribuinte, o funcionalismo e até a iniciativa privada está pagando, é muito alto para o sórdido querer do governador e dos que o seguem.
Mas, para suprimir sua falta de pudor como ente público, coloca a culpa no governo anterior e também no governo federal.
Sartori afronta a Constituição, a justiça, o povo e os partidos contrários, tudo para fazer valer sua macabra estratégia de privatizar o que resta e tentar buscar sua reeleição com o sacrifício do povo, hoje.
Mas, como diz o velho ditado: cada povo tem o governo que merece.
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